21 fevereiro de 2015 Carnaval de Macau: Estrutura de segurança montada contribuiu para carnaval tranquilo em 2015

O saldo do setor da segurança pública na cidade de Macau após o encerramento do carnaval 2015 na última terça-feira, 17, foi considerado tranquilo, de tal forma que alguns casos isolados de homicídios, não comprometeram o andamento da festa, que transcorreu sem maiores problemas.

No Hospital Fundação Antônio Freire e no Pronto Socorro Municipal Alfredo Teixeira, de Macau, foram realizados em quatro dias de carnaval, entre o sábado, 14, e a terça-feira, 17, 933 atendimentos e destes 15 foram de acidentes de moto, mas sem vítimas fatais, apenas escoriações pelo corpo.

Entre os atendimentos hospitalares também ocorreram 656 suturas, feitas por conta de cortes por cacos de vidros, latadas na cabeça, pois muitas pessoas andavam pelas ruas descalças e como havia muita gente na cidade bebendo, além de latas de cervejas, muitas embalagens de bebidas eram de vidro.

Ocorreram também cinco atropelamentos, apenas uma destas apresentando fratura no fêmur, além de seis pacientes vítimas de espancamento, uma de arma de fogo e outra de facada, mas em todos estes casos não foram registradas mortes.

Casos de diarreias, vômitos, alcoolismo, hipoglicemia (pressão baixa), também foram registradas. “Consideramos que para a grande dimensão do carnaval, com milhares de pessoas nas ruas da cidade, o carnaval não ficou comprometido, até porque a festa não parou por conta destes casos e transcorreu normalmente em todos os seus eventos previstos”, disse a assistente social do Hospital Fundação Antônio Freire, Simone Lívia.

Foto da segurança 6

Homicídios

O comandante da Primeira Companhia Independente da Polícia Militar de Macau, major Carlos Alberto Gomes de Oliveira, atuou com um contingente de 400 policiais para cobrir todos os setores do carnaval, com equipes do Comando do Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), da Companhia Independente de Polícia Ambiental (Cipam), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam).

Para o major Gomes de Oliveira, para uma festa de grandes dimensões como a de Macau, com milhares de pessoas nas ruas, os incidentes ocorridos durante o período da festa, não comprometeram a realizaram de nenhum dos eventos programados, seja no arrastão do mela-mela pelas grandes avenidas, nos palcos montados no Largo Cultural Mestre Avelino, na Praça da Conceição, no Centro da cidade, onde tocavam bandas de frevo ou pelas diversas ruas onde desfilavam dezenas de blocos particulares ou nas calçadas das casas lotadas de gente de Macau e outras vindas de diversos municípios do interior do RN.

“Durante o período do carnaval ocorreram apenas dois homicídios, que consideramos como casos isolados, que não tiveram relação com os eventos do carnaval”, disse o major Gomes de Oliveira.

Os dois homicídios foram registrados no domingo, 15, de carnaval. No primeiro caso, Brena Keyla da Cunha Silva, de 24 anos, foi encontrada morta em um matagal localizada na zona rural de Macau, entre os distritos de Macauzinho, Quixaba e Tabaú, com sinais de estrangulamento. O acusado é o ex-companheiro da vítima, Rafhael Breno Ribeiro de Araújo Ferreira, de 27 anos, que se apresentou na manhã desta quinta-feira, 19, na Diretoria de Polícia Civil do Interior (Dpcin), em Natal onde confessou ter matado sua ex-mulher, com quem tem um filho de um ano, por ciúmes, depois de uma discussão. Ele responderá em liberdade.

O outro homicídio ocorreu também no domingo, 15, por volta das 17 horas, quando foi morto no bairro Porto de São Pedro, Gabriel Rodrigues de Araújo, mais conhecido por Casquinha, que morava em Extremoz. Ele foi morto a tiros por desconhecidos na casa onde estava com amigos em Macau. A vítima já era acusada de ter participado da morte de uma criança, dentro de um ônibus em Natal, além de ser envolvido com drogas e com torcidas organizadas.

Legado da Copa

Contribuiu também para que o carnaval de Macau não fosse comprometido com a violência, a instalação da Plataforma de Observação Elevada da Polícia Militar (POE), equipamento que é ligado a Secretaria de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), que é legado da Copa do Mundo de Futebol realizada em Natal no ano passado.

Foto da segurança 71

Segundo o major Edmilson Fontes, Gerente Operacional do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) do RN, que está comandando a estrutura tecnológica ao lado do palco instalado no Largo Cultural Mestre Avelino, a POE é orçado em R$ 2 milhões.

“Trouxemos a POE para Macau por ser o carnaval mais popular do Rio Grande do Norte e por isso requer mais aporte de segurança”, disse o major Fontes. O Gerente Operacional do Ciosp disse ainda que a estrutura deslocada para Macau é formada por duas carretas móveis, sendo uma delas funcionando como centro de comando e controle móvel, como se fosse um mini Ciosp, onde estão os monitores de visualização do que é captado pelas câmeras.

Cada uma das carretas móveis tem torres que alcançam até 15 metros de altura e que juntas têm 24 câmeras instaladas e que alcançam um raio de visualização no entorno do Largo Cultural Mestre Avelino de até três quilômetros de distância. “Tivemos um contingente de 10 policiais militares atuando com o POE aqui em Macau e que usam 30 rádios que já usam tecnologia de transmissão digital”, disse o major Fontes.

Equipamentos de última geração no monitoramento do carnaval de Macau

Para o assessor municipal de Segurança Pública, José André da Silva, a estrutura montada em Macau para o carnaval deste ano, trouxe bem mais segurança para os foliões. “Não medimos esforços para fazer desta a festa da paz e da tranquilidade, pois unimos a Polícia Miliar, a Polícia Civil e a Guarda Municipal para proteger a população local e os visitantes”, disse André da Silva.

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