31 outubro de 2017 ARTIGO: Turbulências e a necessidade de manter a fé

Turbulência, seja no mar ou no ar, é sempre sinônimo de adversidade, tribulação, dificuldade e desordem.

E dizer hoje que o governo Túlio Lemos passa por momentos de turbulências soa como algo ruim. de fato, assim como um avião que treme no ar, o momento do governo municipal não é bom.

Mas como diz o popular ditado que “há males que vêm para o bem” a turbulência pode também vir a ser algo bom.

É só percebermos que para mexermos o açúcar no fundo de uma xícara precisamos fazer “turbulência” no café, ou na água com o sabão. as vezes é preciso mexer pra achar o tom, a medida ou as peças certas. já que é impossível aprimorar o que nasce perfeito, ou sendo mais ousado “governo que não começa mal não tem como melhorar”

E para que não fiquemos nós (os passageiros deste vôo), desesperados como se a luz no fim do túnel tivesse se apagado é preciso sabermos de uma coisa fundamental nesses casos:

Toda turbulência tem começo, meio e fim.

Não há uma turbulência que dure a viagem toda, é como uma tempestade, algo que irá passar. Mas para que termine precisamos saber qual rumo tomar, qual caminho seguir. Não podemos ficar encarando-a como uma pequena e inofensiva neblina.

É preciso pulso firme, atitude e convicção para não se perder em meio a tempestade. E Túlio, ao demitir de forma sumária todos os cargos comissionados do governo demonstrou finalmente ter encontrado – e principalmente aceitado depois de muito relutar – o caminho.

A luz no fim do túnel ficou sim turva, embaçada, parecida com uma pequena chama de uma vela, porém não se apagou, está acesa, continua acesa e é preciso acreditar que continuará assim.

As feridas vão aparecer, o remédio será dolorido e amargo, já está sendo, mas a tendência é sempre melhorar.

Por outro lado é bom ver que Túlio enquanto prefeito continua se mostrando comprometido com o sucesso administrativo e coletivo de Macau. Vai a reuniões, palestras, à Brasília, à Caern e ao Governo do Estado rotineiramente em busca de soluções e ajuda, e mais importante que isso: ele já está adaptado a nova situação financeira que o nosso município se encontra, já aceitou que Macau hoje arrecada pro básico, quando dá sorte.

Este é o primeiro tipo de turbulência que o prefeito Túlio Lemos tem pela frente: formada por problemas materiais e tratáveis, alguns causados por ele (como o mesmo já admitiu) outros não. mas todos são de responsabilidade intransferível de Túlio Bezerra Lemos.

O segundo tipo de turbulência é uma mais grave, nociva e que foge de suas mãos a capacidade de contornar ou acabar, é a turbulência social.

As turbulências sociais, na política, são usadas para destuírem e encerrarem de forma precoce governos ou perpetuar um desgaste que sem ela seria momentâneo, bem menor.

Fabricadas por grupos políticos ou pessoas que desejam trocar o caos pelo poder, pura e simplesmente. Sem amarras. Algo como um aluno que tenta tomar o lugar do professor apenas para poder escolher o que irá ou não cair na prova.

Não há propósito, não há crescimento, não há racionalidade nem pudor algum, é o caos em troca do poder, da desgraça do outro, da desgraça de Macau.

Uma vez instalada essa turbulência social não há consenso sobre mais nada. As discussões sobre o futuro da cidade se tornam agressivas. Brigas, processos e incitações a violência são pratos principais no cardápio dos operadores do ódio, que financiam e alimentam esse grupo cada vez maior de gente detentora de insatisfações pessoais. Com dinheiro, mentiras, supostos problemas de saúde, casos extra-conjulgais, falsas informações, montagens, ódio e veneno.

Agora, em Macau, não há mais diálogo político. Existem visões grosseiramente antagônicas, provocadas e criadas de forma artificial por dois grupos distintos, um de pessoas com sede de poder, na real intenção de tornar o caos regra, para poder emergir do meio deste caos um monstro (talvez um candidato), cruel e sanguinário que se alimenta e se sustenta da desordem e da politica de outrora: baixa, vil e promíscua.

E outro que acha que tá tudo bem.

Logicamente sou a favor de protestos contra a corrupção e manifestações individuais de opinião ou credo, entretanto, é preciso ter muito cuidado para não confundir um quadro de desordem causada por atrasos de salários e fornecedores com um quadro de corrupção bem ordenada. Lutar contra o primeiro (atitude legítima), pra acabar trazendo o segundo.

A desgraça moral, o descalabro e a cara de pau do segundo quadro de forma ordenada. Democratizada e bem repartida entre os que financiaram e estruturaram a revolta contra o primeiro: desordem administrativa.

Por isso acredito que esta turbulência que nossa cidade de Macau passa pode ser o ingrediente que faltava pra provocar uma união a favor de Macau, do bem coletivo.

É preciso acreditar em Macau, é preciso acreditar em Túlio Lemos e deseja-lo boa sorte, pois, o primeiro quadro (desordem administrativa) cabe a ele achar o caminho da saída, já o segundo (corrupção ordenada) praticado e orquestrado por quem hoje cobra “na cara dura” lisura e transparência do atual gestor só traz prejuízo pra quem vem depois. E lembrem, hoje é o depois de ontem.

Hipocrisia ou conveniência, chame como quiser, seja como for, o caminho não é esse.

Por Rudnick

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